infantil

Otorrino para crianças e adolescentes

Muitos problemas otorrinalaringológicos têm seu início logo cedo, na infância, e se não forem tratados adequadamente, podem trazer consequências para a vida toda. Uma avaliação especializada e individualizada para a faixa etária deve levar em consideração que a criança é um ser em desenvolvimento e não um “mini-adulto”.

De acordo com a Dra Larissa Neri as doenças otorrinolaringológicas mais comuns da infância podem ser divididas entre agudas e crônicas.

Entre as doenças agudas estão as famosas e temidas otites, faringites e sinusites. Essas doenças, apesar de comuns, podem ter repercussões no desenvolvimento da criança – uma criança com otites de repetição, por exemplo, pode ter um atraso no desenvolvimento da fala ou até mesmo dificuldades na alfabetização.

Já entre as doenças crônicas figuram as hipertrofias de amígdalas e adenoides, popularmente conhecidas como “carne esponjosa”.

AMIGDALITE INFANTIL

A  amigdalite em criança é relativamente comum.

Sintomas:
–  dor
– dificuldade para engolir
– febre
– indisposição

Um caso de amigdalite em criança deve ser avaliado pela otorrinolaringologista para diferenciar de infecção por vírus (uso de medicações para controle da dor) ou por bactérias (uso de antibióticos, se não tratadas adequadamente pode causar doenças graves).

A cirurgia de amigdalas pode acontecer quando houver amigdalites recorrentes ou quando o tamanho da amigdala interfira negativamente no crescimento facial da criança. Nesse caso, a Dra Larissa pode optar por remoção das amígdalas (amigdalectomia) e explica em consultas quais são os riscos e benefícios do procedimento.

ANQUILOGLOSSIA OU LÍNGUA PRESA

Você conhece um especialista em língua presa?

Essa condição, denominada anquiloglossia ou língua presa, é muito comum e diagnosticada no nascimento. Por meio do teste da linguinha, aplicado na maternidade, é possível identificar essa alteração no tamanho e/ou na espessura do frênulo lingual (também conhecido como freio lingual) que limita os movimentos da língua.

Sintomas
– ponta da língua “amarrada”
– dificuldades para se alimentar por meio da amamentação
– alteração na fala em crianças maiores

Quando isso acontece, é preciso realizar um procedimento para liberar os movimentos da língua. Dra. Larissa Neri conduz as avaliações necessárias para confirmar o diagnóstico de língua presa no bebê e na criança e indica a melhor abordagem para eliminar o problema.

ATRASO NA FALA E LINGUAGEM

Atraso na fala e linguagem é motivo de grande angústia para pais e familiares de crianças pequenas. E não sem razão: apesar do mito popular de que cada criança tem seu tempo, se alguns marcos do desenvolvimento não forem alcançados é hora de procurar uma avaliação especializada.

É consenso entre os especialistas que, desde o nascimento, o desenvolvimento da linguagem acontece a partir da relação do bebê com seus cuidadores. Segundo a Dra Larissa Neri, baseada nos estudos mais modernos de neurociências, conversar e interagir com o bebê é fundamental para o estabelecimento do vínculo e para o desenvolvimento da estratégia de comunicação nesse período de grande atividade cerebral.

Um bebê que não tem interesse em imitar os adultos ou uma criança que aos 18 meses não fala uma palavra precisam de uma avaliação cuidadosa e especializada: a plasticidade neuronal é máxima até os dois anos de idade e intervenções precoces são o principal fator de mudança de prognóstico para qualquer distúrbio de linguagem.

Para o diagnóstico do problema relacionado a um atraso desenvolvimento fala podem ser necessários exames e, muitas vezes, o diagnóstico exato só é fechado depois de algumas consultas. O acolhimento da criança e da família é um diferencial importante nesse momento de incerteza e angústia. Desde a solicitação de exames complementares até o seguimento do paciente em conjunto com outros profissionais, a otorrinolaringologista se vale de sua experiência e dos conhecimentos sempre reciclados em cursos nas áreas de otorrinopediatria e foniatria.

CIRURGIA DE ADENOIDE INFANTIL

Você provavelmente já ouviu falar de problemas na adenoide, mas sabe do que se trata a hipertrofia de adenoide em crianças?

Órgão do sistema linfoide que ocupa uma região conhecida por rinofaringe, a adenoide fica bem atrás do nariz e aumenta de tamanho durante a infância.

Em algumas pessoas há um aumento desproporcional da adenoide em relação ao tamanho da rinofaringe e isso acaba levando a um quadro de obstrução nasal crônica, explica a otorrino Dra Larissa Neri

Os principais indícios que podem ser percebidos pelos pais e cuidadores de uma criança com aumento de adenoide são roncos, respiração pela boca e sono agitado.
Além disso, crianças com hipertrofia de adenoide podem apresentar, com mais frequência, catarro pelo nariz, tosse e até mesmo otites.

A respiração oral crônica durante a infância, além de ser bastante incômoda, leva a consequências a longo prazo. As principais são:
• Alteração do crescimento da face;
• Comprometimento do desenvolvimento do nariz
• Elevação do palato (céu da boca), adquirindo formato de concha;
• Prejuízo à arcada dentária e do posicionamento adequado da dentição.

Uma reclamação frequente dos pais, que afirmam que a criança só fica bem quando toma medicamentos. Assim que o remédio é suspenso, os sintomas de catarro no nariz voltam.

A avaliação da adenoidite pode ser feita tanto por meio de exames como raio-X ou nasofibroscopia nasal.

Quando surge o diagnóstico de adenoide em crianças, é comum que os pais se assustem ao receberem a indicação de Cirurgia da Adenoide em Criança, mas sabia que ela é muito comum?

Conhecida como adenoidectomia, a cirurgia da adenoide em criança
é um dos procedimentos mais comuns na faixa etária pediátrica (combinada ou não com a amigdalectomia).

Realizado pelo otorrinolaringologista sempre em ambiente hospitalar, esse procedimento requer anestesia geral para sua realização.

Rápida, se bem indicada, a cirurgia de adenoide infantil
traz uma melhora significativa na qualidade de vida da criança.
Feita por meio de videoendoscopia, a cirurgia pode ser realizada pela técnica tradicional ou com a utilização de equipamentos modernos (microdebridador)

O objetivo da adenoidectomia é a remoção do tecido adenoideano para que haja melhora do fluxo de ar nas narinas.

CIRURGIA DE AMÍGDALA INFANTIL

A cirurgia de amígdala em criança, também conhecida como amigdalectomia ou tonsilectomia, é um dos procedimentos mais comuns (combinada ou não com a adenoidectomia).

A amigdalectiomia infantil é realizada pela otorrino Dra Larissa Neri sempre em ambiente hospitalar, pois há necessidade de anestesia geral para que o procedimento seja feito.

Rápida, a remoção das amígdalas em crianças traz uma melhora significativa na qualidade de vida.

Um dos cuidados necessários na cirurgia de amígdala em criança é o pós-operatório. A alimentação deve ser controlada e, por isso, é essencial contar com uma equipe médica habilitada para cuidar do(a) paciente.

DEFICIÊNCIA AUDITIVA INFANTIL

“Doutora, acho que minha filha / filho não escuta bem!”

Esse é o tipo de queixa de deficiência auditiva nunca pode ser deixado de lado. Não há tempo a perder quando se trata de deficiência auditiva infantil As vias auditivas que ligam a orelha ao cérebro estão em desenvolvimento após o nascimento, principalmente nos dois primeiros anos de vida, e o diagnóstico precoce é essencial para um tratamento de sucesso.

A estimativa atual é de que 3 em cada 1000 nascidos vivos apresentem algum grau de deficiência auditiva. Com a implementação do teste da orelhinha, muitas crianças passaram a se beneficiar de uma investigação precoce, mas vale lembrar que o teste da orelhinha (o nome técnico é emissão otoacústica) não é um exame diagnóstico – ele serve como uma triagem das crianças que necessitam de uma investigação detalhada.

Por se tratar de um exame de triagem, a investigação pode concluir que a criança tem o sistema auditivo normal e assim não há motivo para maiores preocupações. Entretanto, a otorrino Dra. Larissa Neri faz uma ressalva: não há podemos deixar de dar atenção a queixa da família. Mesmo aquelas crianças que passaram no teste da orelhinha merecem uma investigação detalhada se a família tem dúvidas sobre a audição da criança.

Bebês que não reagem a sons fortes nem a vozes familiares, crianças que demoram a falar ou com dificuldades escolares são todos candidatos a uma avaliação especializada.

A avaliação no consultório da especialista deficiência auditiva infantil deve compreender todo o histórico da criança, seus antecedentes familiares, o exame da orelha e, a depender de cada caso e da idade da criança, a solicitação de exames complementares para guiar o diagnóstico.

Independentemente da causa e do tratamento estabelecido para cada criança, algumas orientações valem como regra geral e merecem ser sempre divulgadas:
– é preciso falar sempre próximo à criança,
– falar de forma clara
– falar olhando diretamente para a criança
– diminuir o ruído dos amientes sempre que possível (desligar TV, rádio, outras fontes de ruído)
– Além disso, acomodar a criança na sala de aula de maneira preferencial, com a orelha de melhor audição voltada para o professor.

DISTÚRBIOS DA RESPIRAÇÃO NASAL / RONCO

“Doutora, meu filho ronca muito!”

Ronco é sempre um sinal de alerta. O barulho enquanto a criança dorme pode ser originário tanto de um quadro de obstrução nasal pura (por rinite ou mesmo um resfriado, por exemplo) quanto por um aumento das amígdalas ou da adenoide – popularmente conhecidas como “carne esponjosa”.

Quando a criança tem dificuldades para respirar pelo nariz por um tempo prolongado, ela pode evoluir com dificuldades na deglutição, distúrbios do sono e até mesmo alterações irreversíveis do crescimento facial.

Entre os distúrbios do sono, o mais preocupante é a síndrome da apneia obstrutiva do sono (pausa respiratória). As pausas na respiração durante o sono levam a uma alteração na arquitetura do sono que podem afetar todo o funcionamento do organismo: desde o crescimento, funções hormonais e algumas pesquisas já relacionam distúrbios do sono na infância com pior rendimento acadêmico no decorrer da vida. A principal causa de apneia do sono na infância é o aumento das amígdalas e da adenoide.

Diferentemente do adulto que dorme mal, a criança que não tem um sono adequado se apresenta mais agitada, mais “elétrica” – e não fica necessariamente com mais sono.

Há outros prejuízos decorrentes do ronco em crianças, que são dificuldade de se concentrar em tarefas que exijam maior atenção, baixo rendimento escolar e alterações comportamentais.

O tratamento da criança com quadro de roncos ou respiração oral deve ser sempre individualizado e levar em conta o estágio de desenvolvimento da criança e outras condições associadas como otites, doenças genéticas e imunológicas.

As opções de tratamento com medicações ou com cirúrgia devem ser discutidas amplamente com a família, levando em conta suas dúvidas e suas expectativas.

OTITE DE REPETIÇÃO EM CRIANÇA

“Crianças que apresentam 3 ou mais episódios de otite média em 6 meses ou 4 ou mais episódios no período de um ano precisam de investigação e tratamento especializado.” Dra Larissa Neri

A otite média aguda é uma infecção da orelha média extremamente comum em crianças: 2 em cada 3 bebês terão um episódio de otite no primeiro ano de vida.

A principal faixa etária que as crianças apresentam é entre 6 e 11 meses de idade.

Otite de repetição o bebê geralmente apresenta febre, irritação e diminuição da aceitação dos alimentos e das mamadas.

Isso ocorre porque nos bebês e nas crianças, a tuba auditiva, que conecta a orelha média à parte posterior do nariz (rinofaringe) é menor e mais horizontal, favorecendo a colonização da orelha média por microorganismos causadores de doenças, explica a Dra Larissa Neri

Os principais fatores de risco para desenvolvimento de otites médias, além da faixa etária, são: os resfriados, frequência a creches e escolas, exposição à fumaça de cigarro e uso inadequado de mamadeiras.

O aleitamento materno é comprovadamente um fator protetor, e a proteção conferida é tanto maior quanto maior o tempo de aleitamento.

As otites recorrentes em bebês ou crianças levam a períodos de flutuação de audição, o que é motivo de grande preocupação para os especialistas. A criança que não escuta bem põe em risco o desenvolvimento das vias cerebrais responsáveis pela comunicação e pela linguagem.

É importante avaliar essas crianças também nos períodos em que não estão doentes: é frequente permanecer catarro nos ouvidos mesmo sem sintomas de otite, condição conhecida como otite média serosa ou secretora ou de efusão. Essas otites “silenciosas” podem repercutir tanto na aquisição e desenvolvimento da fala quanto no período da alfabetização, resultando em sofrimento para a criança e para a família.

OTITE EM CRIANÇA

“Dor de ouvido é sempre otite?”

Otite é o nome que se dá para a inflamação da orelha, independentemente da causa ou da localização da doença (externa, média ou interna).

A maioria das dores de ouvido é causada por inflamação na orelha, mas nem todas.

As otites em crianças mais comuns são a otite média e a otite externa. Apesar de terem sintomas bem parecidos (dor de ouvido, sensação de ouvido abafado ou piora da audição), elas são doenças bem diferentes.

A otite externa é uma infecção da pele do canal auditivo externo, ou seja, do tímpano para fora, enquanto a otite média é uma doença que acomete o tímpano, cavidade timpânica e, muitas vezes, está associada a quadros de resfriados ou obstrução nasal crônica nas crianças.

E como diferenciar uma da outra?

Precisa examinar, não tem jeito. E é nessas horas que Dra. Larissa Neri conduz um exame detalhado e atento (otoscopia) para diferenciar um quadro do outro.

FARINGITE INFANTIL

A dor de garganta é uma queixa muito frequente na faixa etária pediátrica. Mas como saber se é um caso para se preocupar ou não? Saiba sobre a Faringite em criança.

Uma das possíveis causas de dor de garganta é a
faringite infantil. Trata-se de um acometimento dos tecidos da faringe que pode ser de origem infecciosa ou apenas inflamatória.

Nas crianças ou em bebês, a faringite geralmente é resultado de uma infecção por vírus e pode estar acompanhada de outros sintomas como tosse e coriza (saída de secreção pelo nariz).

Quando recorrente, ela traz muitos incômodos e prejudica a qualidade de vida da criança. Essa condição pode, inclusive, ser responsável por afastá-la das atividades escolares.

As faringites virais são doenças autolimitadas em sua maioria, e o tratamento baseia-se no alívio dos sintomas e na prevenção de complicações.

Faringite em criança que seja crônica ou recorrente geralmente provém de outras doenças otorrinolaringológicas ou sistêmicas e merece uma avaliação detalhada.

SINUSITE INFANTIL

SINUSITE INFANTIL

As crianças podem apresentar quadros de sinusite que prejudicam bastante sua qualidade de vida.

A sinusite infantil aguda geralmente está associada a um quadro de resfriado ou mesmo de gripe, que evolui para sintomas mais persistentes como catarro e tosse. Em crianças maiores, dores de cabeça podem ocorrer.

É importante frisar que as crianças pequenas ainda não têm todos os seios paranasais completamente desenvolvidos e o seio mais comumente acometido nessa faixa etária é o etmóide – que não fica localizado na face.
Por isso mesmo, receber uma avaliação precisa de um especialista em sinusite em criança é essencial para que o tratamento seja eficiente e duradouro.

Na infância, os quadros de sinusite crônica estão relacionados ao aumento da adenoide. Há, por exemplo, casos de sinusite crônica nas crianças com doenças sistêmicas mais graves como a fibrose cística e discinesias ciliares, por exemplo.

A abordagem da sinusite em criança precisa ser cuidadosa e requer grande atenção por parte do médico e cooperação estreita com a família para que o tratamento atinja seu objetivo principal: melhorar a qualidade de vida da criança.