Adultos

LABIRINTITE

Essa é uma pergunta frequente no consultório da Dra Larissa Neri.

Doutora eu tenho labirintite?

As pessoas têm muito medo dessa “tal labirintite”, mas, afinal, o que é a labirintite?

Segundo a Dra Larissa Neri , o termo labirintite geralmente é usado pelas pessoas para identificar crises de tontura – que podem ter várias causas.

Para investigar um quadro de tontura ou de desequilíbrio, a otorrino sugere sempre que o paciente descreva os sintomas com suas próprias palavras: sensação de que o mundo está girando, instabilidade, sensação de flutuação, visão borrada, atordoamento, mal estar, escurecimento visual. O conjunto dos sintomas associado à avaliação clínica detalhada do paciente é a chave para desvendar o diagnóstico e iniciar o melhor tratamento para cada caso.

Dentre as possíveis causas de tontura, se encontram a vertigem postural paroxística benigna (VPPB), a neurite vestibular e a cinetose. Apesar de todas se apresentarem como tontura, as diferenças entre elas podem ser identificadas já no histórico clínico do paciente.

A Dra Milene Bissoli, médico labirintite , foi responsável por ministrar aulas deste tema para os alunos do quinto ano da faculdade de Medicina da USP durante dois anos e sempre enfatizou a necessidade de ouvir e examinar os pacientes com calma e com tempo para realizar um diagnóstico acurado.

Tontura, definida como sensação de perturbação do equilíbrio corporal, é um sintoma comum, frequentemente acompanhado de desequilíbrio e quedas recorrentes. Estas quedas podem causar fraturas e consequências ainda mais graves.

A tontura pode ser de caráter giratório (vertigem) ou não (instabilidade, sensação de flutuação, visão borrada, atordoamento, etc) e pode estar associada a outros sintomas, como perda auditiva, zumbido, náuseas e vômitos.

Na maioria das vezes, a tontura origina-se no sistema vestibular, que compreende a orelha interna (labirinto), o nervo cocleovestibular, os núcleos e vias vestibulares e suas inter-relações no sistema nervoso central.

O comprometimento do labirinto também pode ocorrer devido a problemas situados em outras partes do corpo humano. Várias doenças podem afetar o sistema vestibular, gerando tontura e desequilíbrio corporal. Mais raramente, a tontura pode ser de origem puramente visual, neurológica ou psicológica.

Diagnóstico
O diagnóstico é fundamentado na história clínica do paciente , a qual é analisada na consulta médica, e também em um conjunto de procedimentos de avaliação do equilíbrio corporal e da audição, conhecido como avaliação otoneurológica.

Tratamento
O tratamento da tontura e sintomas associados, personalizado para cada caso, pode ser essencialmente efetuado por meio de recursos como remoção ou controle da causa (quando identificada) e de fatores agravantes, exercícios de reabilitação do equilíbrio corporal, e medicações. Há diversos tipos de exercícios de reabilitação que podem ser empregados, de modo repetitivo, na clínica ou na casa do paciente, com e sem supervisão.

Vários são os medicamentos ou combinações de medicamentos que podem atuar favoravelmente na remissão parcial ou total das tonturas e sintomas associados.
Reavaliações periódicas são necessárias até que o paciente obtenha a cura. Na maioria dos casos, o tratamento das tonturas de origem labiríntica proporciona resultados favoráveis, possibilitando o retorno às atividades sociais e profissionais habituais, e a eliminação de eventual dependência de familiares ou outras pessoas.

ZUMBIDO

Zumbido é o “sinal de alerta” de que alguma coisa está errada dentro ou fora do ouvido!

OTOLOGIA

A otologia é a área da otorrinolaringologia que trata dos problemas do aparelho auditivo, como as diferentes formas de infecções (otites), as perdas auditivas, os tumores da região do osso temporal e as alterações do nervo facial (paralisia facial).

Para essas doenças, a especialista oferece recursos para o diagnóstico, tratamento clínico e tratamento cirúrgico, visando o controle das diferentes doenças e a reabilitação da audição e da motricidade da face, inclusive por meio de recursos eletrônicos, como por exemplo os adaptação de aparelhos de amplificação sonora.

A audição está intimamente ligada à comunicação. Por isso, a especialista também oferece a possibilidade de diagnóstico e terapia dos distúrbios do desenvolvimento da linguagem.

DISFONIA = ALTERAÇÕES NA VOZ

Além de garantir maior eficiência na relação interpessoal e melhor integração social, a boa saúde vocal tem impacto econômico. Não apenas cantores e atores, mas também muitos outros profissionais tais como professores, executivos, políticos, profissionais liberais, entre outros, dependem da voz como instrumento de trabalho. Para eles, uma voz saudável significa melhor desempenho profissional, ao passo que problemas vocais podem limitar seu rendimento e prejudicar sua carreira.

Diversas doenças podem afetar a laringe e levar à disfonia (rouquidão), comprometendo a qualidade vocal de modo temporário ou permanente. Em alguns casos, a causa da disfonia pode ser uma doença grave, até mesmo um câncer. A definição das condutas a serem tomadas nestes casos requer um diagnóstico preciso.

Com o estabelecimento do diagnóstico, define-se a estratégia de tratamento, que pode envolver medidas comportamentais, fonoterápicas, clínicas ou cirúrgicas.

DISFAGIA

O paciente com disfagia orofaríngea tem dificuldade ou problemas ao engolir. A disfagia é uma condição comum em pacientes com doenças neurológicas (por exemplo, derrame, Parkinson, paralisia cerebral) e naqueles com tumores ou traumas da boca ou garganta.

Comprometendo a deglutição, a disfagia orofaríngea pode resultar em desnutrição e desidratação. Além disso, o paciente pode ser exposto ao risco de aspiração (quando o alimento vai erroneamente em direção aos pulmões) e suas complicações, principalmente, pneumonias aspirativas.

Condutas usualmente empregadas nesses pacientes, como passagem de sondas nasogástricas ou traqueostomias, podem ser insuficientes para controle da disfagia, mantendo o paciente sob risco de aspiração.

A videoendoscopia da deglutição (VED) é um exame que fornece informações importantes para definir a conduta nestes pacientes. Consiste na avaliação funcional da deglutição por nasofibroscopia.

Durante o exame, simula-se uma refeição, com oferta de alimentos em diferentes quantidades e consistências, e avalia-se, sob monitorização endoscópica, o que acontece com os alimentos durante sua passagem pela garganta. Em muitos casos, evita a necessidade de realização do videodeglutograma (fluoroscopia da deglutição), que requer transporte do paciente para o serviço de radiologia e o expõe à radiação.

O tratamento do paciente disfágico pode envolver medidas fonoterápicas, clínicas ou cirúrgicas. Fazem parte do tratamento modificações dietéticas, adaptação de manobras e terapias facilitadoras da deglutição, uso de medicações e aplicação de toxina botulínica para diminuir a quantidade de saliva e até alguns procedimentos cirúrgicos.